Até o dia em que volte*
Até o dia em que volte, desta pedra
terei meu calcanhar definitivo,
com seu jogo de crimes, suas heras,
sua obstinação dramática, e oliveiras.
Até o dia em que eu volte, prosseguindo,
com franca retidão de coxo amargo,
de poço em poço, em meu périplo, entendo
que o homem, sem embargo, há de ser bom.
Até o dia em que volte e que caminhe
este animal que sou, entre seus juízes,
nosso bravo mindinho, será grande,
digno, infinito dedo entre meus dedos.
(*tradução de Thiago de Mello)
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