Peliano costuma brincar que a poes-ia e foram os poetas que a trouxeram de volta! Uma de suas invenções mais ricas é conseguir por em palavras lirismos maravilhosos, aqueles que percebemos de repente e temos a impressão que não vamos conseguir exprimi-los. Exemplos: de Manoel de Barros -"Deixamos Bernardo de manhã em sua sepultura. De tarde o deserto já estava em nós"; de Ernesto Sabato - "Sólo quienes sean capaces de encarnar la utopía serán aptos para ... recuperar cuanto de humanidad hayamos perdido"; de Thiago de Mello - "Faz escuro mas eu canto"; de Helen Keller - "Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar"; de Millôr Fernandes - "Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus". É como teria exclamado Michelangelo que não fora ele quem esculpiu Davi, pois este já estava pronto dentro da pedra, Michelangelo apenas tirara-o de lá. Então, para Peliano, o lirismo é quando nos abraça o mundo fora de nós, cochicha seu mistério em nossos ouvidos e o pegamos com as mãos da poesia em seus muitos dedos de expressão.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Poema do dia

universos paralelos                             
                              josé carlos peliano

em meus braços um universo
com órbitas e arroubos luminosos sem bordas
do tamanho e fora dos limites do universo

você ultrapassa meus braços
com seu universo de dimensões imprevisíveis
onde me desoriento em nebulosas e galáxias
de seu corpo estrelado por imensidões e delícias

Um comentário:

  1. Entrei aqui quado buscava o texto do pps Caquinho escolhido, que calou muito fundo em minha alma e queria tê-lo comigo para arquivá-lo na minha pasta que chamo Meu baú de belezas. Ainda não o encontrei, mas dei com este blog que me prendeu e, agora, está difícil sair daqui.Preciso sair, continuar munha busca, mas voltarei para ler todos os dias uma página deste maravilhoso lugar virtual. Obrigada por estar aqui, amigo!

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