Peliano costuma brincar que a poes-ia e foram os poetas que a trouxeram de volta! Uma de suas invenções mais ricas é conseguir por em palavras lirismos maravilhosos, aqueles que percebemos de repente e temos a impressão que não vamos conseguir exprimi-los. Exemplos: de Manoel de Barros -"Deixamos Bernardo de manhã em sua sepultura. De tarde o deserto já estava em nós"; de Ernesto Sabato - "Sólo quienes sean capaces de encarnar la utopía serán aptos para ... recuperar cuanto de humanidad hayamos perdido"; de Thiago de Mello - "Faz escuro mas eu canto"; de Helen Keller - "Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar"; de Millôr Fernandes - "Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus". É como teria exclamado Michelangelo que não fora ele quem esculpiu Davi, pois este já estava pronto dentro da pedra, Michelangelo apenas tirara-o de lá. Então, para Peliano, o lirismo é quando nos abraça o mundo fora de nós, cochicha seu mistério em nossos ouvidos e o pegamos com as mãos da poesia em seus muitos dedos de expressão.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Saramago e eu


Saramago autografando seu livro Todos os Nomes para mim em meados dos anos noventa na Embaixada de Portugal em Brasília. Atrás de mim na 1ª foto e ao meu lado direito na 2ª o amigo poeta Ronaldo Cagiano.

la flor y el olivo
(de una mujer a un hombre)

la flor de todos, la flor del olivo
flor del aceite , de vida, de color
la flor que vive en mí y en ella vivo
ayer, hoy, siempre, la flor de mí amor

el árbol allí se queda sereno
de cuentos, luces y de eternidad
comparte la flor bello canto ajeno
de pájaros con alas sin edad

flor de pájaros, pájaros de flor
llenan de vida, aceite y de luces
el olivo plural del mirador
de cruces de recuerdos entre cruces



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