Vento verde
Enxerguei o vento
Estranho corpo bramindo
Mãos verdes dedos velozes.
(estranhos às minhas dezenas digitais).
Enxerguei-o violento pinheiral
Sacudindo as ondas revoltas do mar
Do mar que não me quis amar.
E enxerguei a minha própria sombra
ventada pelo ar.
À procura de poesia
Se vieres ao meu encontro
Procura minha presença
como um pássaro o seu ninho
somos o que a hora é pro relógio
pontuais como o tempo
e o nosso estilo aponta a faca para o arco.
-
Se me encontrares a minha essência esvaída
e a porta fechada
não desistas
há um animal pulsando nas veias abertas do meu pulso
o mar revolto e aberto
um navio atracado no cais procurando o porto
-
e a minha alma ancorada
procurando a tua libertação.
Flores
As flores que foram brotos, mudas semente
saíram da moda
as flores que eu queria
mudaram de praça
ninguém as olha ninguém as quer.
---
Saudades dos bons tempos que eram maus
de esperas tão inúteis colossais
e era sempre a desordem no meu caos
sem mais ver tuas roupas nos varais
Saudades sem retornos nos degraus
tão distantes das horas temporais
me atritando nas pedras, nos calhaus
me quebrando nas rochas de corais
Por ter saudades vivo em solidão
sem oásis, nas dunas do deserto
Não vejo minha própria escuridão,
mais cega do que a noite em vão te sigo
e não te vejo, nem de longe ou perto
eternamente imóvel em teu jazigo
ninguém as olha ninguém as quer.
---
Saudades dos bons tempos que eram maus
de esperas tão inúteis colossais
e era sempre a desordem no meu caos
sem mais ver tuas roupas nos varais
Saudades sem retornos nos degraus
tão distantes das horas temporais
me atritando nas pedras, nos calhaus
me quebrando nas rochas de corais
Por ter saudades vivo em solidão
sem oásis, nas dunas do deserto
Não vejo minha própria escuridão,
mais cega do que a noite em vão te sigo
e não te vejo, nem de longe ou perto
eternamente imóvel em teu jazigo
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